Se você acha que os Border Collies são os cães mais inteligentes do mundo, deve repensar seus conceitos. Um novo estudo da Universidade de Helsinque revelou que a raça de cachorro mais inteligente é, na verdade, o Pastor Belga Malinois.
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Para tentar representar uma variedade de talentos cognitivos, o estudo submeteu mais de 1.002 cães participantes ao teste de cognição smartDOG, que analisa a capacidade de um cão para habilidade e estratégia de resolução de problemas, controle de impulsos, capacidade de ler gestos humanos, capacidade de copiar humanos comportamento, memória e raciocínio lógico.
Isso revelou diferenças de raça em várias condições de teste. “A maioria das raças tinha seus próprios pontos fortes e fracos”, disse a autora do estudo Saara Junttila, PhD em cognição canina na Universidade de Helsinque, na Finlândia, em entrevista ao The Telegraph.
“Por exemplo, o Labrador Retriever era muito bom em ler gestos humanos, mas não tão bom na capacidade de resolução de problemas espaciais. Algumas raças, como o Pastor de Shetland, obtiveram pontuações bastante equilibradas em quase todos os testes.”
Entre os cães participantes estavam os Border Collies, que se saíram bem na maioria dos testes. No entanto, eles foram superados por 9 pontos pelo Pastor Belga Malinois, que marcou 35 de 39 pontos possíveis durante os testes de cognição smartDOG.
Os Pastores Belgas Malinois são uma escolha popular para o trabalho de segurança. Parece que sua afinidade por farejar crimes e identificar alvos para buscas pode estar ligada a suas habilidades excepcionais de resolução de problemas.
Foi o melhor desempenho em condições de teste que contavam com cães interpretando gestos humanos e uma tarefa de desvio em V que testa sua capacidade de resolver problemas enquanto navegam em seu ambiente.
No entanto, embora fossem os vencedores gerais, eles não deixaram de ter algumas fraquezas. O Pastor Belga Malinois ficou ao lado dos Pastores Alemães na pontuação entre as mais baixas para o teste do cilindro, no qual os cães são ensinados a recuperar uma guloseima de dentro de um cilindro opaco.
O cilindro opaco é então substituído por um cilindro transparente e, em um teste bem-sucedido, o cão continua entrando no cilindro para recuperar o petisco, em vez de tentar seguir a rota direta pela lateral.
O teste do cilindro desafia a inibição dos caninos, pois os cães devem resistir ao impulso de ir direto e usar sua consciência espacial para acessar a guloseima ao redor. Uma baixa pontuação nesse teste pode estar relacionado ao papel do Pastor Belga Malinois como cão de trabalho, pois os cães de segurança exigem alta capacidade de resposta, associada a baixo controle inibitório.
Os pesquisadores concluíram que a função da raça pode ser responsável por certas forças cognitivas, como cães pastores e retrievers com pontuação alta nas tarefas de comportamento dirigidas a humanos.
No entanto, esse método não explica todas as diferenças entre as raças, já que as pontuações de cognição de alguns cães ficaram fora do que se poderia esperar deles, como o Cão Finlandês da Lapônia, que se saiu mal na tarefa dirigida por humanos, apesar de ser um cão pastor.
Eles também destacam algumas ressalvas ao estudo, como o fato de que os cães investigados não são representativos de toda a população canina, mas acreditam que a pesquisa contribui para uma imagem mais completa do comportamento típico da raça em cães.
